Dicas de Saúde

Páscoa sem culpa: chocolate amargo traz benefícios se consumido com moderação
Por: Guilherme Renke  

A Páscoa está chegando e quando percebemos, os supermercados estão recheados de ovos de chocolate. A maioria dos que sofrem de compulsão alimentar se denominam chocólatras (viciados na guloseima) e contam que o chocolate é um grande desafio.
Existem alguns sintomas que podem servir de alerta para a pessoa que pode estar desenvolvendo um possível transtorno de compulsão alimentar relacionado ao chocolate, são eles:

• Comer uma quantidade excessiva de chocolates em um período de uma a duas horas, de forma descontrolada, sem conseguir evitar de comer ou parar de comer.
• Comer escondido por ficar constrangido ou não ter que dividir.
• Comer até ficar fisicamente mal, cheio, “estufado“; ou sentir culpa ou angústia após comer dessa maneira.

É importante dizer, contudo, que esses transtornos alimentares, não ocorrem apenas em uma data festiva ou em um domingo como o de Páscoa, no qual as pessoas se permitem exagerar nos chocolates. Para pensarmos em compulsão, esse comportamento deve estar acontecendo pelo menos uma vez por semana nos últimos três meses.

Segundo o psiquiatra Higor Caldato, especialista em transtornos alimentares pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ): “Gostar de chocolate não é um problema, e sim, o comportamento alimentar e as questões emocionais relacionadas a ele que precisam ser avaliados com cuidado. Até porque o chocolate pode trazer benefícios importantes para a saúde física e mental, se consumidos da maneira correta.“

Sim, o consumo do chocolate está relacionado com alguns benefícios. A semente do cacau é rica em substâncias como os polifenois e os flavonoides, que possuem um provável efeito antioxidante no nosso organismo. Observando-se diversos estudos, a semente do cacau tem grande poder antioxidante entre todos os alimentos. Ou seja, combatem os radicais livres, mantendo a saúde da pele, retardando o envelhecimento e prevenindo doenças.

Um exemplo é o estudo de Crozier et al., publicado em 2011. É um padrão científico que atribui o valor antioxidante para alimentos e substâncias. Um alto ORAC significa maior poder antioxidante do alimento e a semente do cacau possui um dos maiores em comparação com outros, como o açaí e o blueberry.

Um outra grande pesquisa recente, de Sansone et al, publicada em setembro de 2015 no British Journal of Nutrition, mostra que o consumo diário de 450mg de flavonóides do cacau foi capaz de melhorar a função endotelial em pacientes de risco para doenças cardiovasculares, além de minimizar a porcentagem de eventos cardiovasculares dentro de um período de 10 anos de acordo com o escore de risco Framingham.

Como saber escolher o melhor chocolate para minha saúde?
Os benefícios não estão relacionados com consumo do chocolate processados em geral que são ricos em açúcar (maioria dos ovos de páscoa), mas sim com o consumo dos chocolates com quantidades de cacau 70%, como os amargos. Outra opção é fazer o seu próprio chocolate artesanal ou comprar o cacau “in natura“ nas formas de amêndoas (nibs) e cacau em pó 100%. O importante é consumir de forma moderada, utilizando, se possível, uma barra ou tablete de 20 a 25g do tipo amargo (70%).

Quais os melhores chocolates para minha páscoa?
Chocolates orgânicos feitos com semente (nibs ou amêndoas) do cacau “in natura“ ou feitos com cacau em pó orgânico, chocolates de alfarroba e chocolates escuros ou amargos (70 a 99% cacau).

Quais os piores chocolates para minha páscoa?
Chocolates processados pobres em cacau, chocolate ao leite e chocolate branco.

Fonte: https://globoesporte.globo.com/eu-atleta/saude/noticia/pascoa-sem-culpa-chocolate-amargo-traz-beneficios-se-consumido-com-moderacao.ghtml


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