A hipertensão é
uma encrenca tão sorrateira e suas consequências podem ser tão graves que os
médicos tiveram que encontrar um jeito simples de verificar como as artérias
estão. Isso é feito, claro,
medindo a pressão, principalmente com aquele aparelhinho colocado no braço da
gente. Hoje se considera que a pressão está
ótima quando o valor de medição fica na faixa de 12 por 8 — ou,
como preferem os especialistas, 120 por 80 milímetros de mercúrio (mmHg). Se o
índice passou dos 14 por 9, aí ela é considerada alta.
Quando os números variam entre 12 por
8 e 14 por 9, o quadro é chamado de pré-hipertensão, segundo o consenso
da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Recentemente, os médicos americanos atualizaram suas diretrizes de hipertensão e
passaram a enquadrar esses valores intermediários como uma “pressão elevada”.
Agora, em terras americanas, taxas
acima de 13 por 8 já recebem o diagnóstico de hipertensão mesmo. O objetivo é
chamar atenção para flagrar o problema mais cedo e, a partir daí, iniciar mudanças de estilo de vida que vão fazer toda
a diferença na saúde de veias e artérias.
No entanto, como não é só a hipertensão que sabota o coração, o
ideal é que as metas sejam individuais e traçadas pelo médico, que vai
considerar outros fatores de risco. Uma coisa é certa: as evidências deixam
claro que a ameaça de um
acidente vascular cerebral, o AVC,
é maior entre quem ultrapassou os 14 por 9.
Convém
ficar atento a essa história porque a escalada da pressão arterial não costuma dar sintoma.
Muitas
vezes, quando uma pessoa é diagnosticada com hipertensão, já tem danos no
coração, nos
rins, nos
olhos…
Por isso que os experts reforçam
tanto a importância de checar a pressão pelo
menos uma vez por ano.
Quando o problema
é flagrado cedo, com ajustes no estilo de vida e, se preciso, o apoio de um
medicamento, a situação pode ser muito bem controlada.
Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/quando-a-pressao-e-considerada-alta/